Dívida ativa do FGTS atingiu R$ 47,3 bilhões em 2022; PGFN estima que R$ 12 bilhões podem ser recuperados, o que representa 25,6%; 245 mil empresas estão na lista de devedores

Para facilitar as negociações dos devedores do FGTS, o Conselho Curador do Fundo aprovou nesta terça-feira (25) pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para parcelar o pagamento da dívida em até 180 meses. Segundo relatório apresentado pelo órgão ao colegiado, a dívida ativa do FGTS atingiu R$ 47,3 bilhões em 2022. Estão na lista 245 mil empresas.

Do total, a PGFN estima que apenas R$ 12 bilhões podem ser recuperados, o que representa 25,6%. Os R$ 35 bilhões restantes (74,4%) são considerados de difícil ou impossível recuperação porque se referem a empresas que já faliram, são inexistentes ou em que a PFGN enfrenta problemas para transferir a dívida para os proprietários, pessoa física, nos processos judiciais.

Nos últimos cinco anos, o estoque da dívida era de R$ 30,3 bilhões. Ou seja, subiu 56,1%. Nesse período, foram recuperados R$ 2,2 bilhões.

O prazo médio de recuperação é de 47 meses. Em 2021, a Caixa recuperou R$ 475,7 milhões e, no ano passado, R$ 583,9 milhões, aumento de 22,8%. Foram beneficiados no período 1,8 milhão de trabalhadores.

Fonte: Valor Econômico